São os chilreares que se contentam com a aparente omnipresença;
São os arrastares dos motores velhos com a pressa de nunca chegar;
São os passos que cansam, os ladrares que anunciam, o verdume que cresce, as meias-idades nos rostos das crianças;
São os insectos que já não vêm como dantes, e os miúdos que já não sabem brincar;
São as estações que se confundem: o calor que se prolonga, o frio que se exacerba, e a morte e vida que tudo isso traz.
Fosse o mundo assim: pequeno, precioso – os males, as metamorfoses do tempo; os bens, os alicerces humildes, indiferentes às glórias de quem os escreve;
Fosse o mundo assim: medindo a palma da mão – e as linhas que a enrugam, profundas como o corpo mais curto; e os limites que a definem, suaves contornos para o infinito.
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